* não sei porque não o dizemos mais vezes aqueles que nos fazem realmente falta!*
A língua saboreava indolente e preguiçosa a curva do teu lábio
A luz cobria-te
As mãos passeavam com terna lascívia pela curva do teu pescoço
O negrume do teu cabelo dançava ao som da sua própria melodia
Os suspiros eram canto de sereia
Hipnotizantes olhos de gelo
Íris de fogo
Pele de marfim
Toque de seda nas pontas dos dedos
Os lábios aproximaram-se
Inspirava
Expiravas
Sorvia o perfume do teu hálito
Expirava
Sorrias e inspiravas profundamente
Olhos cravados
Lábios entreabertos
Respiração entrecortada
Veludo carmesim
Sentia
Humedecia
Sorvia e acariciava
O sol apagou!
Melodia suspirada
Palavras segredadas entre lábios: Fazias-me falta!
Cega,
perdida em tudo em ti!
Continuas a fazer-me falta!