Tenho anadado ausente nas lides das postagens... é do Verão, do calor, do muito trabalho e de mais umas coisitas ou outras!
Cá ficam mais umas ideias para as vossas leituras:
http://www.karenchance.com/books.html (não se assustem com o aspecto diabólico do site.)- daqui recomendo, até porque foram algumas das minhas últimas leituras, a saga cassandra palmer e o Midnight's daughter.
I cant stand to fly
Im not that naive
Im just out to find
The better part of me
Im more than a bird...Im more than a plane
More than some pretty face beside a train
Its not easy to be me
Wish that I could cry
Fall upon my knees
Find a way to lie
About a home Ill never see
It may sound absurd...but dont be naive
Even heroes have the right to bleed
I may be disturbed...but wont you concede
Even heroes have the right to dream
Its not easy to be me
Up, up and away...away from me
Its all right...you can all sleep sound tonight
Im not crazy...or anything...
I cant stand to fly
Im not that naive
Men werent meant to ride
With clouds between their knees
Im only a man in a silly red sheet
Digging for kryptonite on this one way street
Only a man in a funny red sheet
Looking for special things inside of me
Inside of me
Inside me
Yeah, inside me
Inside of me
Im only a man
In a funny red sheet
Im only a man
Looking for a dream
Im only a man
In a funny red sheet
And its not easy, hmmm, hmmm, hmmm...
A "Paula", que eu não conheço mas, a quem desde já agradeço os simpáticos comentários ;) deixou a sugestão deste vídeo dos Blue Foundation (que eu conhecia através da banda sonora do Twilight) e serviu de mote para terminar este post.
Enjoy!
Hoje estou na merda!
Começavam assim os e-mails:
Dói-me o cérebro de tanta pancada interior que lhe dei. Sinceramente ninguém consegue ralhar mais comigo que eu. E não vou começar com a eficiência...
Sempre segui os meus instintos e tive até agora provas mais do que suficientes para saber que nunca devia colocá-los de lado.
A sensação de dor física e um querer rasgar o peito com ambas as mãos enquanto dava voz à dor com o volume no máximo não importando quem passava por si.
Esta merda só me apetece espancar-me fisicamente a mim própria e fá-lo-ia não fosse isto parecer uma cena religiosa.
Fazes-me falta!
Fazes-me falta ao acordar!
Fazes-me falta ao deitar... e ... ao levantar!
Fazes-me falta quando me sinto vazia e inconsolável por ninguém perceber este meu estranho humor e esta “estranha forma de vida”.
Pôrra, percebes que quando me disseste que “ só isso não” me deixaste no mais puro estado de melancolia e tristeza?
A bater em mim própria por saber que não devia havê-lo dito? Não a ti!
(...)
Poderás perceber que nem tudo tem de decorrer de acordo com as regras instituídas por todas as pessoas?
Foi por mim, pela louca e possessiva, completamente inconstante e espontânea que te enamoraste. Foi por ti: doce e louco, apaixonado e divertido que fiquei de cabeça perdida.
Porque motivo, então, teríamos nós que alterar o nosso fruto proibido e ir viver de acordo com as convenções de todos os outros?
...
- Um homem que consegue manter apaixonada e satisfeita a mesma mulher durante muito tempo e o faz com paixão e prazer é um super homem!- dizia ela brincado com o pé do copo de vinho. Vê-la fazer aquilo fazia-lhe o hipotálamo produzir em excesso certas hormonas e um calor no fim da barriga. D.H.Lawrence dizia que um homem de verdade tinha dois homens dentro de si: ele próprio e o seu pénis.
Ele achava que era algo assim. Não estava a raciocinar muito bem... ela sorveu um gole de vinho e ai sim estragou tudo. Pensar, que era isso? Ela não era a mais perfeita mulher fisicamente. Nem a mais bela! Mas... aquela forma de olhar prendia-o como se fosse um anzol e a sua voz hipnotizava-o. Naquele momento era aquele boca deliciosa que brincava com o copo de vinho... nem se recordava claramente das conversas imensas que tinham. No entanto sorvia o ar que ela expelia e os seus olhos seguiam os movimentos dos lábios.
- Não gostas da comida?!
- Não! Quero dizer... sim está óptima.- Tosco! Quer dizer... a comida que estava na sua mente não era exactamente a que tinha no prato.
...
Quero ter-te de volta porque quero e nem sei bem porquê! Ver-te comer e beber hoje foi uma tortura para mim. Não me prometas nada e eu não o farei também!
Quero-te a ti! Simplesmente porque sim sem necessitar que me expliques nada e sem ter de ir fazer psicanálise para me perceber ou perceber-te!
Completas-me e hipnotizas-me... e enebrias-me os sentidos ... e deixas-me fora de mim tal o desejo carnal. E sim eu sei que é possível que a maioria das vezes não tenha "pedalada para ti" quando andas a 1000 com os teus livros e ideias loucas... com os teus humores mas, posso ser o teu quarto de laranja (também não acredito em metades).
Vais rir-te da tortura que foi conduzir até casa com o maldito inchaço no meu segundo Cérebro.
Estou na mais pura MERDA sem ti!
Merda então, para as regras dos outros e para aquelas que tentei impingir-nos!
Sei que estás fula com tanta referência ao meu pénis e a tanta lúxuria mas que fazer se até o teu riso me provoca hipertensão?
Quero passar os momentos acordados, dormentes e adormecidos contigo.
...
Abriu a porta ainda com a roupa daquele inicio de noite. Ele estava do outro lado com aqueles magníficos olhos azuis escuros.
Nunca tinha percebido como aquele homem podia ficar assim por causa da presença dela mas... sinceramente... não se achava inferior a ele só porque ele seria, segundo padrões de beleza convencionais, um pedaço de mau caminho abissal e ela não o era. Ele fazia-lhe falta por ele e ela agradava-lhe pelos pequenos pormenores que a tornavam única.
Tinha estado na merda mas Duvidava que aquele olhar capaz de provocar o degelo das calotes polares não a fizesse deixar esse sentimento.
Odeio regras impostas e falsos sorrisos e pessoas fracas e sem coluna vertebral ((as últimas santíssimos deuses, deusas e afins))!!!!!!
Apetecia-me gritar até haver à minha volta tímpanos furados...
Não sei se é do tempo, das pessoas que me rodeiam ou do meu puro mau-feitio mas hoje é uma felicidade não ter afinidades com os elementos ou até a chuva seria ácidaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
O meu brilhante amigo Paulo enviou-me esta sua descoberta por terras digitais e eu... que devia estar a analisar um documento de 171 folhas estou p'ra aqui... a partilhar!!!
* não sei porque não o dizemos mais vezes aqueles que nos fazem realmente falta!*
A língua saboreava indolente e preguiçosa a curva do teu lábio
A luz cobria-te
As mãos passeavam com terna lascívia pela curva do teu pescoço
O negrume do teu cabelo dançava ao som da sua própria melodia
Os suspiros eram canto de sereia
Hipnotizantes olhos de gelo
Íris de fogo
Pele de marfim
Toque de seda nas pontas dos dedos
Os lábios aproximaram-se
Inspirava
Expiravas
Sorvia o perfume do teu hálito
Expirava
Sorrias e inspiravas profundamente
Olhos cravados
Lábios entreabertos
Respiração entrecortada
Veludo carmesim
Sentia
Humedecia
Sorvia e acariciava
O sol apagou!
Melodia suspirada
Palavras segredadas entre lábios: Fazias-me falta!
@ Para a minha querida amiga Claúdia, que encontres sempre razões para sonhar a dormir ou acordada.
;) Tu conheces a magia... mergulha!
Tinha desistido de sonhar. Sonhar só servia para a frustrar ainda mais. Acordava e apercebia-se do quanto impossíveis ou inconcretizáveis eram os sonhos que tinha. A vida era já de si estranha o suficiente.
Ela conduzia-o a casa tentando ampará-lo e equilibrá-lo, as suas sandálias, aquelas que nunca lhe tinham parecido demasiado altas ou demasiado frágeis, ameaçavam a qualquer altura quebrar. A mão dele, excessivamente quente, descansava no seu decote balançando levemente com o movimento.
-Preciso da chave para abrir a porta.
Ao tentar chegar ao bolso dos jeans num movimento trôpego e desajeitado desiquilibrou-se caindo no chão alcatifado do corredor e levando consigo a sua companheira.
O riso dele era ébrio, o dela era surpreso. Com um dedo retirou-lhe uma madeixa da cara.
Ele passou o dedo pela minha face de forma tão suave que parecia uma carícia feita com um pedaço de seda. Seguiu um trilho imaginário até se aninhar na minha nuca e seu suspirei involuntariamente. Elevou a cabeça e parou junto aos meus lábios com os seus olhos brilhantes.
Ficou o beijo suspenso enquanto ele me acariciava a nuca lambendo o contorno dos meus lábios, os seus cílios longos por vezes beijando a minha pele.
Ela passou-lhe uma mão pelo torço, lentamente até chegar à zona do baixo ventre. Ele suspirava audívelmente com o rosto escondido na curva do seu pescoço.
- Aha!- Disse triunfante com um molho de chaves na mão. Pôs-se de pé num pulo e enquanto abria a porta não viu o olhar frustrado e admirado dele.
O elevador estava cheio de gente como em todos os outros dias aquela hora da manhã.
A mão do homem a seu lado roçou a sua suavemente.
Não precisei olhar para saber que era ele. Retribuiu o toque sem o olhar. Todos olhavam em frente e ninguém reparava em nós no fundo do elevador. Senti uma mão no interior do meu blazer. Estúpidamente senti arrepios por todo o corpo enquanto ele continuava a deambular pela minha pele.
Ele sussurou-me ao ouvido que saísse com ele. Respondi-lhe que saísse ele comigo. Uma morena enorme sorriu-lhe quando ele passou por ela e senti despeito. Ele sorriu-lhe e ela foi. Saiu atrás dele.
O sangue saltava-me nas veias como se tivesse vida própria e quisesse sair num disparo pelos orifícios do meu corpo.
Nada me acalmava, rebolava pela cama já desfeita e os lençóis eram um emaranhado de rugas e vincos. Liguei à Alice que como sempre se encontrava numa festa. Não me apeteciam as festas da Alice, hoje não.
Mas acedi a ir buscá-la e vir trazê-la a casa. As cargas etílicas já deviam ser em maior quantidade que o seu sangue... decidi dar descanso à cama!
Ir buscar pessoas ébrias parecia ser o seu fado.
Depois de esperar imenso à porta do Plateau lá acabei por entrar à procura dela. Felizmente era uma madrugada fraquinha e encontrei a sua cabeleira ruiva com facilidade.
Entre um vamos lá dançar mais esta... e depois a outra ficámos a vaguear no soalho de madeira entre uns e outros olhos de estranhos que se fixavam e desapegavam.
O meu vestido esvoaçava em volta da minha pele como se fosse um parceiro que se colava mas não apertava. Dançávamos em sintonia perfeita até que me deparei com uns olhos verdes e brilhantes do outro lado da pista. A sintonia era outra e fiquei refém daquele brilho. Ele começou a deslocar-se na minha direcção. A Alice sussurou - me que queria ir para casa. Quando voltei a olhar o seu lugar estava ocupado por outra pessoa. Sentámo-nos um pouco e ele juntou-se a nós.
Aquele grupo conversava animadamente. Ele bajulado por várias só olhando para ela como se se tratasse do fruto proibido.
Cobiça, desejo...Paixão!Quando se levantaram os lábios roçaram acidentalmente...
Quando abri os olhos a luz começava a penetrar no quarto por entre as frestas das janelas. O interior parecia uma imagem a sépia. O único ponto de cor eram os olhos dele que me fitavam molengões. Esticou-se e espreguiçou-se como um felino e o lençol descia pelo seu torço. Fiquei assim a retribuir o olhar até que adormeci novamente.
Na tarde seguinte, entrei no elevador com os óculos maiores que tinha. Doíam-me todos os músculos do corpo e o meu cabelo cor de beterraba ainda insistia em ondular. Sai do elevador a procurar um cigarro na mala quando esbarrei em alguém. Por entre as enormes lentes negras lá estavam eles: os olhos verdes. Entreabri os lábios para lhe pedir desculpa e ele beijou-me e sorriu. Amei aquele beijo e esqueci o cigarro.
Naquela tarde dormi bem e não sonhei. Não porque não quisesse mas porque não precisei.