Tantas foram as lágrimas que o rosto igualava o caudal de um rio
Tantas foram as preces que os lábios incharam e se tornaram carmesim
Tantas vezes calaram que os dentes se tornaram celas de prisões
Dos teus olhos saíram tantas memórias
Lá li tantos sentimentos que, presa,
Na angustia que não é minha
Sentia o cheiro das tuas íris...
O cheiro do pesar e das Duvidas...
(Como podemos sentir saudades daqueles que nem chegamos a ter?
Sentir possessividade amorosa sem ter partilhado o abraço?
É o puro amor, sem mácula, de tal forma imenso e indescritível que se entranha em nós e não sai nunca mais?!)
