Odiava aquela maniazinha de ter sempre de estar muito optimista naquele dia 31 mas, fazia a vontade aos outros e pronto, sorrir era sempre muito bom, festejar então nem se falava!
Se tivesse um lema seria: viver a festejar! Uma coisa, duas ou mais mas, festejar!
O aniversário de alguém, uma festa religiosa dos amigos católicos, judeus, hindus ou o que fosse!
Partyyyyyyyyyyyyyyy !!!!!
Aquele ano seria diferente, apetecia-lhe festejar no mesmo dia das pessoas "comuns" porque tinha o que festejar ;à séria, e o seu monte de papéis rabiscados estava caótico como sempre mas, a sua cabeça estava organizada e sabia o que queria. NAquele ano nem a Joana implicaria com ela, não haveria gaguez quando lhe perguntassem sobre o ano que tinha passado e o que esperava no ano que aí vinha!
Ela sabia... crescia na sua barriga a uma velocidade alucinante um pequeno ser só seu e antes das 12 badaladas, de forma tão inconvencional como ela, diria aos amigos e aí sim, haveria uma festa!
No tempo novo, como um amanhecer no deserto em que a noite é preta escura, daria à luz e iniciaria a maior das aventuras: ser mãe.
Ser o farol que guia numa noite de mar zangado e céu tempestuoso e ser malabarista(continuar a ser o que sempre tinha sido, fazer as coisas de que gostava e sempre tinha feito, ser profissional e ser mãe... muitas bolas no ar em movimento de uma só vez)!
Vestida a rigor, cabelo solto (iria deixá-lo crescer e ser uma mãe de totós ou de tranças) peito cheio sentimentos cintilantes, sentou-se no círculo de amigos e com uma taça de água mineral na mão e um amontoado de papéis na outra foi lendo entre gargalhadas, risotas e "ah eu também!" as suas escrevinhices. Finalizou com um brinde: à vida que tinha dentro de si!
Aquele ano terminou entre risos e lágrimas de felicidade para ela e para eles... §AVISO À NAVEGAÇÂO: isto é um conto... não, eu de momento não estou grávida! ;)