There is always more then meets the eye!

27
Mai 06

Olá, meu(s)  amor(es)

Há tanto que vos queria ensinar

Tantos livros e páginas de vida que deixo por contar…

 

O tempo foi tão curto

E neste momento… com ele a esgotar-se

Queria dizer –te (lhes) que o Adeus não significa um fim…

Não para nós,

não para mim!

 

As páginas ainda por folhear

Trazem o novo mas não apagam o antigo!

Adeus meu (s)  amor(es)!

Quando o tempo finalmente acabar…

Recordarei aquilo que tantas vezes quis esquecer…

Responderei perante a vida… por todos os queixumes

e tristezas de que a culpei porque esqueci… aquilo que ela me ensinou

 

Adeus Amor(es)!

Tempos longos e olhos abertos…

Sem esquecimentos propositados…

Aproveitem os tempos… não reneguem conhecimentos!

@ Foto:Fernando Sousa #Playa del Carmen, México#

@ Porque os anjos estão muitas vezes mascarados, escondidos sob capas e os demónios usam tantas vezes capas de anjos... olhem à volta com atenção e nunca ignorem aquilo qua vida vos mostra! Fiquem bem...

publicado por crowe às 19:28
música: Roads- Portishead
sinto-me: Saudosa!
tags:

21
Mai 06
  

A tua respiração era baixa e suave como a de um bebé e fazia-me cócegas no umbigo onde repousavas adormecido. No lusco-fusco via o teu relógio Diesel... como se o tempo ainda precisasse de fuel! O tempo que passava tão depressa ainda era derivado de gasolina... isso sim, era digno de ironia! E daria uma gargalhada não fosse ter a certeza de que te iria acordar. Voltei a recostar-me nas almofadas e esperei mais um pouco. Não acordavas... sai de mansinho enquanto a tua respiração acariciava a superfície das almofadas.

 Roubei umas túlipas do jardim da tua vizinha e de túlipas a sair da mochila lá fui eu até ao escritório. Mota estacionada no subterrâneo e um chorrilho de cumprimentos e pareceres bem-humorados acerca das minhas flores lá cheguei ao meu próprio gabinete. O tempo durante aquela madrugada ainda estava decorrer a alta velocidade, parecia marcado por fuel com octanas para carros de fórmula1. Entrei no escritório a rir.

 Há hora de almoço lá estavas tu no hall do edifício, à espera da tua prima. Como sempre, passámos um pelo outro com cumprimentos cordiais e semi-sorrisos. O teu olhar estava divertido e imaginei o que te ia na cabeça...Sabia o que ia pela minha!

 Quando cheguei do almoço ouvia-te a falar na sala de reuniões... como sempre as mulheres lá do escritório estavam maravilhadas contigo, umas porque queriam o miúdo mais novo para elas, outras queriam apresentar aquele “bom miúdo” às filhas, sobrinhas, enteadas... se elas soubessem?! Senti pela primeira vez uma pontinha de culpa... vivia bem com a relação que tínhamos! Sem compromissos, sem promessas, sem falsos “Amo-te” para não magoar e prender... vivíamos o que sentíamos sem ninguém a chatear-nos! Mas sabia que um dia darias um excelente namorado... eu, já tinha sido namorada...não tinha paciência, e não sabia lidar com certas situações... especialmente aquelas que magoam profundamente!

A Sónia ligou a acertar detalhes para o fim-de-semana em Londres... O que eu gostava daqueles fins-de-semana! Vieram chamar-me para um briefing e lá corri contigo e as tuas fãs da sala de reuniões. Passaste por mim e tocaste-me suavemente nos seios.((Hummm!))

- Prazer em ver-te! - Disseste tu em voz alta enquanto me beijavas a face. Enquanto sussurravas: Acabo o resto mais logo! - Até um destes dias mantinhas a proximidade física e ficamos a olhar um para o outro.

- Igualmente! – Espero bem que sim! –Sussurrei eu enquanto te passava a mão pelas costas, protegida pelo blazer. - Até um destes dias então! Apareça para a semana e tome um chá connosco! - Bolas ele era mesmo novinho...a diferença entre nós eram uns seis anos mas... por vezes senti-me uns 15 anos mais velha... uma sénior!

 - Chá?! Algum motivo em especial? – Perguntaste como se não soubesses e o teu olhar brilhava.

- Vai para Londres este fim-de-semana. Coitados dos ingleses… vai deixar a cidade do avesso. – Dizia a prima dele e sorrir e empurrou-o para a saída. - Temos de começar! Até depois!

Despediu-se novamente da porta desejando-me boa viagem… tinha aquele sorriso maroto no olhar.

 Quando a reunião finalmente terminou já era noite. Voltei a colocar as túlipas na mochila e lá fui eu qual esotérica maluca pela rua até casa. Ainda a recordar o teu toque. Ligaste perto da meia-noite para saber se lá podias passar para te despedires... Uma despedida que durou até à hora do táxi me vir buscar! Voltamos a beijar-nos com o taxista a desesperar.

- Não cedes mesmo? -Querias levar-me ao aeroporto. Acenei que não! Passei a viagem a pensar... sentia-me ainda embriagada com o teu cheiro e as sensações de prazer impressas por todo o meu corpo. No limbo entre o sono e a realidade lembrei-me de como nos conhecemos: numa daquelas festas de Verão da empresa em que a tua prima te tinha levado como par. Passámos semanas a trocar cumprimentos de circunstância. Até que numa das muitas noites de serões chatos de trabalho nos tinhas levado um “jantar da meia-noite”. E mesmo depois do trabalho pronto ficámos a conversar Os três e pela primeira vez percebi que havia mais em ti do que o palminho de cara e acabámos por fazer faísca.

Tu, insistentemente, começaste a aparecer em todo o lado: jantares de empresa, saídas de colegas, durante o expediente… Fingia que não percebia. Até ao aniversário da tua prima em que finalmente sucumbimos os dois. Já lá iam uns cinco meses.

Quando sai de uma reunião na Segunda-feira e entrei no escritório lá estavas tu à minha espera para matar saudades. O que queria dizer que não faria mais nada durante aquela tarde!

Felizmente as paredes não contam… Eu era uma mulher experiente mas tu, davas à palavra inventivo um novo significado. Tu e o teu tempo a Diesel... Algumas semanas depois estava eu novamente a levantar-me de mansinho quando acordaste... andavas algo estranho...Imensas prendas, imensas visitas de surpresa ao escritório... apoiaste a cabeça na almofada de forma a só te ver os olhos... Adorava ver-te acordar!

- Já vais? - Acenei que sim enquanto calçava as botas. - Mas será que não podes dormir cá uma noite? Só uma que seja?

 Parei. Nunca tínhamos falado nisso. Mas não me sentia à vontade. Era algo que não fazia e ele sabia disso. Ele queria que as coisas fossem diferentes! Uma coisa séria! Estava apaixonado por mim. Bem, eu… estava apaixonada… por ele (e pela minha liberdade também). Sabia-o bem mas nunca lho dizia. Nunca ninguém havia impregnado toda a minha existência como ele. Ficámos pelo silêncio e eu não roubei túlipas naquela manhã, ele não apareceu durante semanas na empresa para ir almoçar com a prima. Ouvi várias vezes o comentário: Andava mal de amores! Por parte das suas diversas fãs… E céus... exasperava! Ciúmes!

“You can’t always get what you want” era um verso de uma música dos Rolling Stones ... but you always want what you can’t get! Parecia ser o meu caso. Quando finalmente me apaixonei, tinha de ser por alguém que dificilmente poderia vir a realmente ter...E tinha medo do sentimento... de me sentir presa...o engraçado é que tantas vezes tinha brincado com ele por ser mais novo... mas...ele...sabia exactamente o que queria!

Certa manhã, entrei na sala do café e lá estava ele. Com o grupo do costume. Bem disposto, com cheiro de banho acabado de tomar, cabelo ainda húmido. Olhava para mim directamente e os olhos começaram a despir-me! Corei como se fosse uma miudinha no liceu.

Com os habituais cumprimentos cordiais, comecei a preparar o meu café! Ele levantou-se e parou ao meu lado enchendo a sua chávena.

- Mudaste de champôs! – Acenti continuando o que fazia. – O teu cheiro, no entanto, continua na mesma! – E cheirou-me inalando profundamente.

Virei-lhe as costas e sentei-me à mesa com as restantes. Ele veio sentar-se ao meu lado. Entrei na conversa. Apercebi-me de uma mão na minha coxa. Não olhei para ele. Elas continuavam a falar de um livro que lhes tinha recomendado enquanto eu, fazia um enorme esforço para conter gemidos e estremecimentos. A tua mão tinha encontrado o seu caminho e encontrava-se agora a separar-me as pernas e a acariciar zonas erógenas que eu desconhecia. Era uma tortura… Não aguentei e estremeci…

- Está bem? – Eu fiz um gesto com a cabeça. Se falasse naquele momento todas perceberiam o que se passava. - É daquela mota. Só dá trabalho e ainda por cima tem de andar sempre a trocar de roupa. Estou sempre a dizer-lhe que se agasalhe… ou melhor ainda compre um carro!

Ele continuava a sorrir e interveio dizendo que provavelmente era uma corrente de ar, ou o ar condicionado. Levantei-me e pigarreando disse que ia tomar uma aspirina. Quando julgava já estar a salvo ouvi atrás de mim.

- Ele ficou muito interessado no livro. Tens um no teu escritório, não é? Podias emprestar-lho?

Tive ânsias de o esganar, especialmente pelo sorriso satisfeito que tinha no rosto. Podia ver as minhas mãos à volta do pescoço dele mas, concordei com um acenar. Vieram ambos comigo. ((Uf! Sentia as pernas bambas)) Encontrei o livro e entreguei-lho sem o olhar e liguei a aparelhagem.

A presença dele ali dava ânsias. Sentia-me uma tonta… mas já só pensava em tê-lo ali nú e saciar o desejo e a saudade daquele sentimento que só sentia com ele. Eles continuavam a conversar e sentaram-se no meu sofá. Chamaram-na… Ela despediu-se dizendo que já voltava e ele levantou-se. Caminhei até à porta e estranhamente ele acompanhou-me. Aparentemente já tinha conseguido o que queria. Parou à minha frente e fechou a porta devagarinho. Colocou-me uma mão no pescoço e com a outra levantou-me a coxa. Arrancando-me as cuecas de um só puxão. Soube imediatamente o que se iria passar a seguir. Ele sorriu e apertou-me contra ele.

            - Ela volta! - Foi só que me lembrei de dizer. Enquanto lhe desapertava as calças. Entre um beijo e outro respondeste: - Nesse caso teremos de ser rápidos!

Quando terminámos não conseguia desenlaçar as pernas da tua cintura e sabia que estávamos ambos húmidos e a escorrer o resultado das nossas saudades. Finalmente desenlacei e colocaste-me no chão. Fiquei encostada à parede enquanto tu te dirigias à minha secretária.

- Ainda guardas os lenços e toalhetes na segunda gaveta? – Tinhas uma expressão satisfeita no rosto e a tua voz estava rouca e deliciosamente meiga. Acenti. Ia aproximar-me de ti quando bateram à porta. Fechaste a braguilha a pressa e fechavas os botões do casaco quando disse que entrasse. Pisei as cuecas que estavam no chão e pedi aos céus que estivesse apresentável. Vieram trazer-te o telemóvel que tocava insistentemente. Atendeste ali mesmo enquanto eu tentava perceber como tinham as cuecas ficado daquela forma irreparável e ele se ria. Sentei-me à secretária fingindo trabalhar enquanto não terminavas.

- Tens de ser mais cuidadosa ao sentar-te hoje. - Disseste tu. Empoleirado na minha secretária. Imediatamente apertei as pernas. Já me sentia recomposta.

- Serei cuidadosa. – Parei o que fingia estar a fazer. – Como tens passado?

- Hum já recuperaste o controlo! Bem, estive fora a trabalho! Voltei esta madrugada e vim matar saudades! Piscou-me um olho.

- Saudades de uma rapidinha? - Ele franzia o sobrolho.

- Não, de te sentir. Mas, já percebi que mais uma vez não terei o que quero.

- Pensa assim: se uma relação comigo não fosse o fruto proibido não te interessaria tanto! Falamos várias vezes disso… não nos enganámos durante o tempo que estivemos juntos! Poderias inclusive ter estado…

- Eu sei daquilo que falámos e sinceramente parecia-me a combinação perfeita. Sem compromissos e nada de mariquices sentimentalistas. Mas agora pensa tu nisto: estivemos sem nos ver? Estivemos com mais alguém? Não. Nutres sentimentos por mim e sabes disso. Só não queres assumi-lo! Estou a ser um perfeito tonto…Bem, façamos as coisas à tua maneira: já matei saudades… quando tiveres saudades sabes onde encontrar-me! E não, não vou sentir-me usado e também não estou a usar-te!

E saiu com toda a calma! Fiquei furiosa com ele, pela maneira como me tratou… Raios! Não ia dar-lhe razão, ia tratar aquele affair como todos os outros!

Dois dias depois apareci no escritório dele. Ele estava sentado à secretária a acabar um telefonema. Tranquei a porta, dirigi-me a secretária enquanto atirava o sobretudo e a mala para o chão. Coloquei-me debaixo da secretária e abri-te o fecho, percebi que ias dizer algo. Fiz-te calar… o resto ficou entregue a lembranças que pairam no teu tempo com fuel!

Aquela seria mesmo a última vez. Disse-lho… ele não comentou…

Na festa de Verão da empresa um ano depois de nos termos conhecido... lá estavas tu... encostado à balaustrada... Cumprimentámo-nos sem nos tocar. À mesa despiste o blazer e na t-shirt tinhas escrito: “You can’t always get what you want but, you can try! Can I?”

 

publicado por crowe às 01:15
sinto-me: uma contadora de estórias
música: Uiiiii foram tantas!
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17
Mai 06

   Acordei, acordei de repente, com aquela sensação de que algo não está bem. Olhei em redor. Não, aquele não era o meu quarto, nem a minha cama. A roupa espalhada pelo chão era a minha e não só. Sinto um corpo junto ao meu, a sua pele quente deixa uma formigueiro na minha, uma sensação de familiaridade um calor que me invade o corpo e me deixa uma sensação estranha, familiar? Ou será por não me recordar quem é?

   Onde me encontrava, estava com quem? Tentei recordar-me da noite passada.

   Recordava-me da festa em casa dos meus amigos, uma festa de máscaras. Não tinha bebido muito nem fumado nada que me fizesse esquecer o resto da noite. Recordo aquela voz que soou atrás de mim, era-me familiar e por detrás daquela mascara não consegui vislumbrar quem seria. Mas a voz essa ecoava no meu cérebro como vinda do meu passado, ou dos meus passados, das minhas vidas passadas. Recordo o incenso e ainda sentia a cabeça zonza. Que me aconteceu que se teria passado e porque estava ali e com quem? O meu corpo nu, quem me despira, sentia cansaço e uma alegria e paz que já não sentia há já muitos anos, que se passara afinal?

   Recordava que a certa altura da festa alguém me tinha sugerido fazer uma sessão de hipnotismo, teria sido aquela voz tão familiar? Recordo de me sentar alguém me mandou fechar os olhos, aquela voz que ainda me ecoava no cérebro vinda dos recantos da mente, ou das mentes, depois aquela branca que ainda perdurava, que se tinha passado afinal? Ainda estaria em hipnose? Não era possível, aquelas roupas eram a minha mascara e a mascara daquela voz que não conseguia sacudir do meu cérebro. E aquela pele que me provocava um arrepio: quem era? ; Que fazia eu ali e que tinha eu feito no resto da noite que parecia ter deixado o meu corpo saciado mas, a minha mente em completo desalinho?

   Adormeci novamente aninhando-me no corpo estranho e aproveitei o formigueiro… ainda era madrugada…

   Fosse quem fosse não tinha ficado… sequer deixado a máscara! Nem queria saber… tinha deixado aquilo que importava: um sorriso nos meus lábios lembranças de êxtase por todo o meu corpo e impressos na minha memória actos que deixariam qualquer burlesco corado. Mas o mais importante, descobri, depois, o quarto do hotel pago. E nada mal escolhido o hotel! Sai para a manhã já frenética da cidade em busca de um táxi, enquanto tentava proteger as mãos do frio encontrei no bolso do meu casaco um ipod. Uma das playlists tinha o meu nome, decidi andar… não recordava a totalidade da noite anterior… mas aquela playlist era a minha alma expressa em notas musicais.  Aquele corpo… lia a minha mente e conhecia a minha alma…

@ Parceria Crowe / Passodianisto

Espero que gostem!

publicado por crowe às 22:36
música: Silêncio
sinto-me: Happy!!!

16
Mai 06

On the plateau

In the set of life

Pretending to laugh

Pretending to be… “Oh well just fine!”

 

Just fine my ***

I’m the actress shaking the ass and smiling silly

To the sound of the music…

When the curtain falls

Stop smiling, shaking…

Teeth grinding

Eyes crying…

 

My body all dressed

My soul bared naked…

 

And the Oscar goes to…

Me… soul naked… eyes crying… lips smiling…

 

On the plateau of life as you know it… I’m the best actress in the leading role…

Come on… take a peak at my soul… she’s naked…

publicado por crowe às 22:36
música: Sign of Times- Prince
sinto-me: Sei lá!

12
Mai 06

Foi criada uma página de permuta de para professores deslocados ((que se encontram a leccionar longe de casa)) por motivos óbvios aqui divulgo o endereço.

 Se conhecem alguém a quem interesse... já sabem...  é só clicar!

http://permutas.pt.vu    

publicado por crowe às 20:46
sinto-me:
música: A impressora a trabalhar!

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