There is always more then meets the eye!

22
Jan 06

Na entrada do edifício sobre a enorme porta de vidro fosco estava escrito: Entre somente se conseguir responder à pergunta. Mas não existia pergunta! Abri as portas e no imenso hall branco não via nada! Onde estaria a pergunta?! Fui repelida e vi-me novamente à porta... e agora? Qual era a pergunta?

Naquela imensidão de vidro por mais que olhasse não encontrava nenhuma pergunta, será que era uma pergunta sobre o edifício em si? Talvez o porquê da sua estranha arquitectura. Achei tudo aquilo muito bizarro, seria um daqueles edifícios inteligentes.

Arrisquei. Porque tens uma forma tão estranha, quem te idealizou assim?

Entrei, desta vez o hall já não era branco mas sim vermelho.

Vi-me de novo à porta, n definitivamente não era aquela a pergunta.

 

Tentei várias vezes sempre sem sucesso. Perguntas sobre o edifício, a sua funcionalidade, filosofias de vida e blá, blé, bli, …

 Entretanto apareceu um rapaz… envolto em nevoeiro… não resisti e apelidei-o de D. Sebastião! Sentei-me num dos pedregulhos na entrada e preparei-me para ver o que lhe acontecia!

No interior da minha cabeça já imaginava como seria expelido… o que aconteceu umas dezenas de vezes! Ri-me silenciosamente nas primeiras mas depois… tive pena dele! Aproximei-me para o ajudar e perguntei-lhe: Porque não pára?

Olhou-me como se fosse louca entrou e desta vez não foi repelido! Fiquei estupefacta…raios! Ele tinha acertado na pergunta! A porta abriu-se e vi-o… envolto no nevoeiro…

- Obrigada, entrei graças a si!

Nem esperei que a porta se fechasse… corri e gritei: Porque não desistimos mesmo quando não nos querem???

 

E não fui repelida. Mas novamente me encontrei de frente a um outro edifício, desta vez mais baixo, mas igualmente belo e … branco! Na fachada a mesma instrução. Lá entrei e repeti a questão anterior e … que surpresa… fui repelida!

Cai estatelada no chão e só então me apercebi de que existiam outras pessoas em volta… Tinha voltado à estaca zero! Lembrei-me de que poderia ir para outro lado e corri pela rua chegando sempre ao mesmo local: a entrada do edifício!

Estaria no purgatório? Bolas não me lembrava de ter morrido!

@ Com a gentil co-autoria de Passodianisto

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