Quem me dera ter-te aqui,
Rodear-te o corpo como se fosse uma serpente
Enroscar-me em ti ritmadamente,
De forma quente e sedutora,
Percorrendo-te a pele, centímetro a centímetro,
Tocando em segredo o corpo oculto
Dos teus sonhos!
Quem me dera ter-te aqui e poder perder-me em ti,
Sorver réstias de suspiros da tua boca quente
Serpentear em ti sem pressas
Numa melodia nossa.
Num coro de suspiros e gemidos mudos.
E antes do fim, poder entrelaçar-me em ti
Perdendo-me no teu olhar
Fruindo do teu hálito quente com sabor a maresia.
E tocar-te, dançando devagarinho, a alma,
Sabendo que eras meu tal como eu: tua!