There is always more then meets the eye!

24
Ago 04

De onde estava

Assisti à morte de um dia.

Ao enterro suave e ritmado do sol

Nas águas de um mar

E enquanto a luz se extinguia

Eu ficava ali no crepúsculo

Sentindo o mar acalmar.

Enquanto o sol persistia dando luz gaivotas esvoaçavam contentes dançando à sua frente poisando na sua cor... ou pairando sobre ela.

A luz fugia...

E as gaivotas que me serviam de companhia

Naquela praia já vazia... fugiam!

Iam levando a inquietude de um mar... gaivotas.gif

O mar acalmava e ali estava eu…Sozinha!

E chorei sozinha

Um choro profundo do fim de mundo…

Um choro

De lágrimas salgadas

Que chorei por todas as noites e dias

Vazias… sem nadas!

Chorava as lágrimas de um mar

Que tinha cá dentro

Que não guardava sol

Nem lua…

Guardava no mais íntimo de si

Um mundo que como a noite

Que chegava

Não tinha luz… estava no escuro!

Chorava por um fim anunciado

Lágrimas com sabor a mar

Que morriam nos lábios

E lá prendiam a dor

E as palavras… Quando a lua chegou: sorri!

Finalmente percebi,

Até no escuro,

no Nada Há sempre alguma luz, (mesmo que redonda) mesmo que emprestada

Que nos ajuda a afugentar a dor e o

Choro do mundo profundo e escondido

Que temos em nòs... E que é tudo ... não é nada!

publicado por crowe às 13:10
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23
Ago 04

Só sei que o que sei é pouco

 Que o que sei não me chega para nada.

 (Só sei) que acordo todas as madrugadas

 na esperança de já ser dia e tudo o que encontro

 é ainda uma noite velada.

 

Só sei que vou errante pela rua,

com a alma nua e não encontro nada!

 Sinto os toques, os olhares, os murmúrios e as carícias

 Só sei que, a mim, não me tocam e não dizem nada!

 

 Só sei que se eu fosse lua fazia uma noite.

 Uma noite longa e escura onde ninguém visse nada

 Onde o silêncio fosse o barulho baixinho

 Que nos toca como carícias nesta noite velada.

 Só sei que por estes caminhos vou andando

 De peito aberto, alma nua... e sabendo: nada!

 Só sei que tenho esperanças de uma madrugada

 Acordar e já ser dia e eu poder dizer

 Adeus ao nada!

 

@ publicado também no Blog: http://cantodomaster.blogs.sapo.pt

publicado por crowe às 18:12
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21
Ago 04

Quando te olho nos olhos

Perco-me em ti, olhos de camaleão...

Como espelhos quebrados em mil estilhaços

 

Espalhados pelo chão

. olhos.jpg

Atingidos pelo sol, teus olhos

Reflectem mil cores em

Imagens e promessas diversas...

Dispersão de segredos e emoções que seduzem.

Duas estrelas brilhantes e mutantes

A quem pergunto Nada e me

Dizem Tudo...

Dois mundos perfeitos, esculpidos numa face

Que inebriam, enevoam ... prendem

A minha alma a uma essência única: a tua!

publicado por crowe às 18:39
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19
Ago 04

Um dia perguntaste se sabia o k era o amor

 Respondi-te k amor era falar-te em silêncio.

 Sorrir-te com os olhos e ver-me, em ti, reflectida

 Respondi-te: que amor era o barulhinho bom k fazias

 Enquanto dormias,

Olhava-te e via

 Como respiravas no silêncio

 Estavas em paz… sorrias.

 Amor eram os barulhinhos que fazias

 No escurinho da noite!

Olhava-te e percebia…

 Que não precisava de sons,

 Não precisava de toques ou carícias…

 Porque o barulho baixinho que fazias

 Era o silêncio que nos abraçava

 E acolhia…

 Amor era olhar no silêncio, no escuro…

 Ouvir-te sem falares

 Ver-te sem estares

 Sentir-te e sorrir-te…

 Na ausência de sons

 Ou visões…

 Amor era sentir no silêncio

 O que as palavras não traduziam…

publicado por crowe às 20:47
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15
Ago 04

200018713-001.jpg

Today I saw a bat

His wings were:

Bat-bat-bat-bat-bat

 He flew among us

 Bat-bat-bat-bat-bat

As the airport was his

 So, with his wings wide open, he was

 Bat-bat…bat-bat…bat-bat…

Above our heads,

 Above our eyes,

 Little black thing

 Spreading his wings

 And proudly

 Bat-bat…bat-bat

No one screamed

No one shouted

 Everybody was hypnotized

With the: Bat, bat, bat

That the little black thing

(Who was a bat)

Did as he flew in an airport full of people

 Who, like him, just wanted to Bat-bat

To fly away

With borough mechanical wings

 Spread them, wide open

 And Bat-bat, bat-bat

 Return home…

Just like the little black thing

(Who was a bat)

Bat-bat, bat-bat, bat-bat…

 @É mesmo verdade, andava no dia 14 um morcego à solta no aeroporto de NY... parecia o Discovery Channel sem dobragem em brasileiro... ;)


14
Ago 04

The rain falls down

From the blue sky

Smoothly down …

Through the air,

Down my face,

Touching me with tender care.

Feels like tiny heartbeats

Running down my skin.

The raindrops,

Make circles on the water

Disturbing the image from the sky above,

Small little circles…

Turning the image below

An imperceptible reflection

Of the paradise above.

As I dive in the reflecting image of the sky

I feel the rain falling down on me Making me glow!

Making me shine!

Under the distorted sky

Floating in the deep blue water

Earring only the sound of the invisible hearts

Who are falling from the sky

Penetrating the veil made by the water…

Every time…

…Always touching me

Like it was the first time…

Floating in the blue.

Felling free,

Every time ,

Like it was ,

The first time!

publicado por crowe às 22:13

Tu partiste,

 Vagueias livre…

 Onde? não sei…

 Sei que deixaste o cheiro.

 Marcas impressas em tudo o que tocaste!

 Tentei lembrar como reagias,

 Como sorrias…

 Só consegui lembrar-me como

 Me via espelhada nos teus olhos

 Como éramos semelhantes.

 Rebeldes sem causa,

 Matando tempo sempre à espera de uma nova causa

 De um novo motivo para dar vazão à rebeldia Cruel mania!

 Mania de matar um tempo que pensámos ter demais

 Ignorantes miúdos…

 Desperdiçando segundos

 De um tempo que não possuímos

 Tempo que nos possui e comanda…

 Partiste e deixaste vazio e sem sentido

 O riso que riamos

 A música que ouvíamos…

 Fecho os olhos,

 Sussurro baixinho

 As mudanças que o tempo não permitiu que conhecesses e saboreássemos…

 Culpo o tempo,

 O fugaz tic-tac… de um relógio

 que não pára por nada, nem ninguém

 um tempo que foge, como levado pelo vento…

 Os anos foram poucos,

 os dias, horas, minutos escassos…

 Nos retratos, os teus olhos

 Já não reflectem

O que conquistaste e o que o tempo te roubou…

 O vidro que envolve os teus retratos

 Só reflecte a saudade e a marca do tempo.

 Por aqui vagueámos,

 Alheios das responsabilidades e da fugacidade da vida…

 Controlo da vida e do tempo que dispomos é uma ilusão…

 Controlo sobre uma ilusão que nos isola

 E percebemos que ao negligenciarmos

 A verdade e a responsabilidade

 Estamos a isolar-nos…

 Num tempo que julgamos nosso…

 Mas que nos domina e comanda

 Um injusto ladrão… que não volta atrás…

 Não aceita desculpas nem ouve apelos…

 Que tudo leva e apaga.

 Mas mesmo no escuro consigo ouvir e relembrar…

Olho em volta e sinto as marcas que deixaste

 Aquelas, que nem o tic-tac injusto de um relógio

 Conseguiu apagar.

 Não controlamos o tempo

 Nem a linha que dividiu a Vida da morte

 Mas as recordações ficaram,

 Tu ficarás sempre

 Nas mentes e nos corações…!

 O tempo fugiu-nos

 Mas as memórias ficaram…

(foram 21 estações… sempre a florir! ainda nos encontraremos onde estiveres… para sorrir … )

publicado por crowe às 22:09
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